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quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

A dança das metrópoles

Andando pelo centro da cidade comecei a prestar atenção em detalhes que antes me passavam desapercebidos. Comecei a reparar no movimento dos corpos dos seres humanos que por ali passavam ininterruptamente.

Nas calçadas os passos apressados e os lentos, que causam a lentidão harmoniosa da dança, se misturam, assemelhando-se a um grupo de dançarinos de tango que dançam sem parar no salão, a calçada.

Nos pontos de ônibus as corridas seguidas pelos pulos das calçadas pr'o primeiro degrau do veículo lembram um balé estilizado, implementado pelo cenário de fundo dos carros passando de um lado ao outro, de vez em quando soltando um grito (buzina) ovacionando a dança.

Os gritos dos vendedores parece um coral que acompanha um musical, tendo como atuantes os atores anônimos que apenas vêm e vão sem conhecimento de seu prestígio. Nas lojas de roupa as mulheres carregando as peças de um lado a outro representam as camareiras dos artistas no palco do lado de fora.

E nas praças vemos a plateia a contemplar esse belo espetáculo que acaba às dez da noite para recomeçar novamente às seis da manhã no outro dia, de segunda a sexta, exceto nos feriados.

Um comentário:

aton171 disse...

Domingo a minha cidade parece um deserto D:

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